4 aulas com total de 8 horas

Datas: 26 e 28 de março e 2 e 4 de Abril, das 16:30 às 18:30

O que é o curso?

As narrativas mais conhecidas da História da Arte tendem a enfocar a obra e o artista. Porém, nas últimas décadas, vem ocorrendo uma valorização dos estudos das exposições de arte como um novo viés de análise dentro da história da arte. As exposições tornaram-se um importante meio de produção e disseminação de conhecimentos sobre a arte entre os séculos XVII e XVIII.

Seu ambiente multifacetado envolve diversas forças políticas, econômicas e sociais, estabelecendo diálogos com artistas, críticos, colecionadores, comerciantes e o público em geral. Em meio a essa complexidade, discursos são construídos, mantidos e até desconstruídos, artistas e obras são legitimados e, também, ocorrem especulações financeiras.

O curso visa apresentar um breve panorama da história das exposições, a partir de questões relacionadas às práticas curatoriais, a análise da curadoria como uma visão artística e intelectual agregadora, buscando estimular pensamentos críticos sobre o tratamento dado às manifestações artísticas e considerando os processos de seleção de obras, montagem das mostras, design e recepção pública.

O que você aprenderá?

O seu aprendizado acontecerá a partir do conhecimento das práticas do colecionismo ao surgimento das exposições de arte públicas. Serão foco de estudo os museus no século XIX e problematizações dos discursos aspirantes a uma história da arte hegemônica e eurocêntrica. A partir da análise de exposições concebidas por artistas, você identificará os reflexos da modernidade e da contemporaneidade nas artes e, pensando nos processos de globalização no circuito artístico na segunda metade do século XX, você terá a oportunidade de refletir sobre as megaexposições e suas influências.

Trata-se de um curso imprescindível para o entendimento do papel curatorial na contemporaneidade e os reflexos no fluxo de pessoas que vão aos museus e espaços expositivos em todo o mundo.

Para quem é o curso?

Este curso é dirigido a estudantes e profissionais das artes visuais e áreas relacionadas; a artistas plásticos e gestores de museus, centros culturais, interessados na evolução da do pensamento museológico; a educadores, pesquisadores e comunicadores culturais; ao público em geral interessado no fazer cultural.

Requisitos e materiais

Não são necessários materiais de suporte.

Adriana Dolci Palma
Atua nas áreas de educação, pesquisa e curadoria. Licenciada em História e mestre em História da Arte pela Universidade de São Paulo. Atualmente é doutoranda em cotutela entre o Programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo e o Instituto de História da Arte da Universidade de Münster, na Alemanha, com financiamento CAPES. Membro do grupo de seminário de pesquisa "Conectando a Fronteira Amazônica: Fluidez Artística e Cultural na Modernidade", promovido pelo programa Connecting Art Histories da Fundação Getty, entre 2023 e 2024. Integrante convidada do grupo de pesquisa “América Latina más allá de la utopía: (pos) modernidad, arte y ciudadanía crítica”, promovido pela Fundación Sura da Colômbia. É professora em cursos de história da arte do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e na École Intuit Lab São Paulo. Atualmente também faz a curadoria e a gestão do acervo particular do artista Edemur Casanova. Realizou diversos trabalhos junto à Pinacoteca do Estado de São Paulo, ao Museu Afro Brasil, ao MIS SP e ao Museu de Arte Contemporânea da USP.